quarta-feira, abril 19, 2006

Olhos fechados


Vivi muitos anos com os olhos fechados
com medo de te ver, de te encontrar.

Temi teus beijos,
teus abraços, suspiros,teu toque no meu corpo.
MAs sempre ansiando,
que tu mos obrigasse a abrir.

Por vezes senti uma luz,
por debaixo das pálpebras,
mas quando os queria abrir... doia.

Tinha medo que a luz me parecia quente e acolhedora,
não fosse senão uma luz que me queria cegar e magoar.

Mas abri!
O calor que me dás aquece me o coração e o corpo!!
Fica assim junto a mim,
não me deixes voltar a fechar os olhos.
Não me importo de cegar,
desde que as últimas recordações
que fiquem, sejam tuas....
e para sempre, eternamente minhas!!

Andreia
_______

Poema escrito em 2001
Fase que durou ainda algum tempo mas que acabou. Não ceguei nem me aqueci... e continuei com frio!! lol
... Mas continuo com medo de abrir os olhos!!) :O)

3 Doors Down- "Here by Me"


I hope you’re doing fine up there without me
'Cause I'm not doing so good without you
The things I thought you'd never know about me
Were the things I guess you always understood
So how could I have been so blind for all these years
I guess I only see the truth through all this fear of living without you

And everything I have in this world
And all that I'll ever be
It could all fall down around me
Just as long as I have you right here by me
I can’t take another day without you
'Cause, baby, I could never make it on my own
I've been waiting so long just to hold you
And to be back in your arms where I belong
I'm sorry I can't always find the words to say
But everything I've ever known gets swept away
Inside of your love
And everything I have in this world
All that I'll ever be
It could all fall down around me
Just as long as I have you right here by me
As the days roll on I see
Time is standing still for me
When you’re not here
I’m sorry I can’t always find the words to say
Everything I’ve ever known gets swept away
Inside of your love

And everything I have in this world
And all that i'll ever be
It could all fall down around me
Just as long as I have you right here by me

terça-feira, abril 18, 2006

Recordações distantes

Encontrei um livro de poemas meus, que ja nao via ha muito tempo. Ao ler alguns poemas fiquei triste.... por saber que ja tive tao infeliz.
Agora? Agora não sei como estou. Infeliz? Não creio.... Penso que estou numa fase da minha vida sem adjectivo para a descrever.... Vou estando.... !!!! Será mau? Talvez não.

Aqui vai um dos poemas que escrevi numa dessas alturas....



- ETERNO_

Chegaram e passaram os anos.
Ausentaste-te lentamente da minha memória.
Desbotou no meu coração a tua face,
extingue-se a largura dos teus ombros,
sumiu-se a tua voz ...
e eu não te segui na selva densa que é a vida.

Hoje, calmamente pronuncio teu nome,
hoje, já não tremo quando ouço a tua voz
e perante o teu olhar,
hoje, sei que eras um entre muitos...
e como a adolescência é uma lourcura, oh!
Mas não penses que tudo foi em vão
e que tudo se apagou da minha memória.

Porque tu vives em cada palavra errada
e em cada pensamento distante,
e em cada pesadelo interminável,
e em cada beijo sufocante,
e em toda a minha vida falhada....
Vives e reinas eternamente.

quarta-feira, abril 05, 2006

Queimando meus poemas....

Reuno poemas,
desabafos de dias de palidez.
Quero os queimar, reduzi-los a cinzas.

Olho para o céu,
aguardo uma brisa para as soltar,
quero as soltar ao vento
ansiando que minhas lagrimas também partam.

Pego no ultimo poema,
mordo o labio,
abro forçadamente meus olhos para evitar que uma gota de água deslize pela minha face.
Não,
não quero mais, basta!
Basta de recordações pesadas no meu peito.
Já não consigo respirar.

Acedo um fosforo,
preparo o ultimo poema.
Tremo com duvidas....
Olho sem querer para as palavras que escrevi,
foi o dia em que me despedi de ti, meu amor.

Assopro o fosforo decidida e
decido que este não vou queimar.
Preciso dele para me lembrar
todos os dias quando o sol se erguer
que já não és meu.

Talvez um dia,
já não me lembre de ti...
e puderei queimar sem dor, o meu ultimo poema.

terça-feira, abril 04, 2006

"Palhaços" e "Botox": receita prá alma

Estou cansada e velha!
Hoje quando me estava a arranjar para uma entrevista de emprego é que reparei que não sou a mesma que no ano passado. Não me riu com tanta euforia e boa disposição natural(e com nível de decibeis demasiado altos, como fazia), mas sim com um sorriso q.b para dar um bom ambiente onde estou e com quem estou. Não só não tenho vontade de sorrir, como não tenho muita paciência para gente demasiado bem disposta ao pé de mim, começa me a irritar.

Velhice é um termo que não está correcto associar só à idade física (que consta do BI) de uma pessoa. Quando digo que me sinto me velha é porque não tenho tanta força e genica para andar ou dançar, não tenho paciência para ver televisao até tarde, nem para me arranjar para sair à noite, preferindo enrolar-me na minha manta aos fins de semana e fazer umas jogadas de sudoku ou palavras cruzadas com a gata aninhada no meu colo.
Hoje maquilhava me com um frete indescritível, e reparando que ja nao há pó nem cremes que ponha na cara que me faça ficar com um ar "fresco". Também nao pode fazer milagres pois bem.... principalmente quando o espírito está mirrado e no estado tipo roupa acabada de fazer centrifogagem como tenho o meu.

Tenho esperanças que me entre a curto prazo um "palhaço" no meu "circo" para me apimentar e alegrar os dias e "botox" injectado em formato do calor de verão que me torne mais quente sorridente e com aspecto mais nova.
Bom... depois de encontrar os ingredientes que me faltam na minha vida neste momento, nada melhor que procurá-los para me tornar numa bonita taça de gelado com cobertura de chantilly e chocolate derretido quente..... isto, é que me torne numa "taça de gelado apetitosa e fresquinha".

sábado, abril 01, 2006

O que seria...

Sempre imaginei o que seria quando te visse,
O que te diria
Como mexeria no meu cabelo
Como cruzaria os meus braços em cima da mesa.

Mas nunca imaginei o que seria se nunca te encontrasse.

Agora sei...
E não gosto do que sinto.
Não gosto de não ter com quem partilhar os meus pensamentos.
Não gosto de não ter quem me cheire o novo perfume, quem me amacie as mãos com beijos.

Quando de manhã vejo o sol a erguer-se para um novo dia,
sinto o meu coração a bater, a bater com muita força como se quisesse levantar voo e subir alto, muito alto para conseguir te ver, te encontrar,
com medo de não aguentar mais uma noite só.